quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Salve Dandalunda!!!!




Kiuá Dandalunda!
Salve dourada Senhora da pele de ouro,
Benditas são suas águas...,
e que essas mesmas águas lavem meu ser,
e me livrem do mal.
Dandalunda
Divina Rainha, belo Inkice,
Venha a mim caminhando na lua cheia.
Traga Mãe, em suas mãos,
Os lírios do amor e da paz.

Salve a Deusa Encantada pelo dia de hoje!!!!!!


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quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Deusa Encantada

Ndanda Lunda

"Ao belo, tudo. Ao feio, meu desejo de que fosse belo"
 O inkice
Dentro do culto Angola recebe o título de Mametu Ngiji, que quer dizer nossa mãezinha dos rios e das cachoeiras, em todo território africano é uma divindade muito temida em razão dos seus poderes mágicos.
Nos seres humanos atua sobre o sistema hormonal, nos homens atua na próstata e nas mulheres nos ovários, atuando na fecundidade e sexualidade.

Demonstra Ndanda lunda uma certa docilidade que acaba transmitindo aos seus filhos, mais na realidade esconde atrás da sua meiguice uma perigosa guerreira, tem o humor caprichoso e mutável. Este Nkisi apresenta enorme gosto por jóias e pedras preciosas.


Relacionamentos


Os filhos homens de Ndanda Lunda tem compatibilidade com pessoas de Lemba dia Nganga, Nzazi, Hoxi, Kabila e Mavambu.
Já as filhas de Ndanda Lunda tem compatibilidade com pessoas de Kabila, Mavambu, Nzazi, Hongolo, Matamba, Lembá, Telekumpensu e Lemba dia Nganga.


Kizilas (Ijila)


Seus filhos devem evitar a banana d'água, carambola,caranguejo, peixe de pele, melão e cajá.


Referências:


http://www.oxaguia.kit.net/dandalunda.htm 


TUMBA JUNSARA

O Tumba Junsara foi fundado em 1919 em Acupe, na Rua Campo Grande, Santo Amaro da Purificação, Bahia, por dois irmãos de esteira cujos nomes eram: Manoel Rodrigues do Nascimento (dijina: Kambambe)
e Manoel Ciriaco de Jesus (dijina: Nlundi ia Mungongo), ambos iniciados em 13 de junho de 1910 por Maria Genoveva do Bonfim, mais conhecida como Maria Nenem , cuja dijina Mam'etu Tuenda NZambi,
que era Mam'etu Riá N'kisi do "Tumbensi", casa de Angola mais antiga da Bahia.

Maria Neném foi iniciada por um escravo angolano chamado Roberto Barros Reis, sua dijina era Tata Kinunga. Nlundi Ia Mungongo teve também como irmã de barco a Mametu Sasia Kia Pulú, que sempre
conviveu com Nlundi Ia Mungongo, eles eram muito ligados.

Kambambe e Nludi ia Mungongo tiveram Sinhá Badá como mãe pequena e Pai Joaquim como pai pequeno.

O Tumba Junsara foi transferido para Pitanga, no mesmo município, e depois para o Beiru. Após algum tempo, foi novamente transferido, para a Ladeira do Pepino nº 70, e finalmente para Ladeira da Vila América, nº 2, Travessa nº 30, Avenida Vasco da Gama (que hoje se chama Vila Colombina) nº 30 -
Vasco da Gama, Salvador, Bahia.

Na época da fundação, os dois irmãos de esteira receberam de Sinhá Maria Nenem os cargos de Tata Kimbanda Kambambe e Tata Nludi ia Mungongo. Manoel Ciriaco de Jesus fez muitas lideranças de várias casas, como Emiliana (Bogum), Mãe Menininha do Gantois, Ile Agbaalá (Amoreiras), onde obteve cargos.

Tata Nlundi Ia Mungongo, Ciriaco, é considerado até hoje, um Tata Ecumênico, nas nações de candomblé.

Teve cargo no terreiro gege do Bogun, quando a Doné era Dona Emiliana e mantinha boas relações com
o Terreiro do Gantois da então Mãe Escolástica e depois Mãe Meninha; teve o cargo de Sarapembe, no ilê Agboula, em Amoreiras - Itaparica.

Quando iniciava Muzenza sempre tinha a participação de pessoas de todos estes terreiros.

Viveu no Rio de Janeiro onde também funcionou uma casa do Tumba Junsara em Vilar dos Teles.

No Rio de Janeiro, fundou uma casa de culto em Vilar dos Teles (não se sabe a data da fundação nem a relação de pessoas iniciadas).

Nlundi Ia Mungongo teve como o seu primeiro filho de santo o Ricardino, cuja dijina Angorence.
Com a morte de Manoel Rodrigues do Nascimento (Kambambe), que assumira sozinho a direção do Tumba Junçara, Manoel Ciriaco de Jesus (Nludi ia Mungongo) assumiu a direção até sua morte, a qual ocorreu em 4 de dezembro de 1965.

Manoel Ciriaco de Jesus (Nludi ia Mungongo ) nasceu em 8 de agosto de 1892, falecendo aos 72 anos, cinco meses e seis dias. Com sua morte, assumiu a direção do Tumba Junçara a Sra. Maria José de Jesus (Deré Lubidí), que foi responsável pelo ritual denominado Ntambi (ritual fúnebre) de Ciriaco, juntamente com o sr. Narciso Oliveira (Tata Senzala) e o sr. Nilton Marofá. Deré Lubidí era Mam'etu Riá N'Kisi do Ntumbensara, hoje situado à Rua Alto do Genipapeiro - Plataforma, Salvador, Bahia, e de responsabilidade do sr. Antonio Messias (Kajaungongo).

Em 13 de dezembro de 1965, após o Ntambi, Maria José de Jesus (Deré Lubidí) passa a direção do Ntumbensara para Benedito Duarte (Tata Nzambango) e Gregório da Cruz (Tata Lemboracimbe), e em ato secreto é empossada Mam'etu Riá N'Kisi do Tumba Junsara.

Maria José de Jesus (Deré Lubidí) nasceu no dia 18 de setembro de 1900. Foi iniciada na nação Angola aos 23 de junho de 1920 por Manoel Rodrigues do Nascimento e teve Manoel Ciriaco de Jesus como pai pequeno, e em 25 de dezembro de 1920 recebeu a denominação de Deré Lubidí.

Em 1924,recebeu o cargo de Kota Kamukenge (auxiliar da mãe criadeira) do Tumba Junsara, e em 1932, o cargo de Mam'etu Riá N'Kisi. Em 1953 fundou o Ntumbensara, na Rua José Pititinga nº 10 - Cosme de Farias, Salvador, Bahia, que em 18 de outubro de 1964 foi transferido para o Alto do Genipapeiro.

Com o falecimento de Deré Lubidí, assumiu a direção do Tumba Junsara a Sra. Iraildes Maria da Cunha (Mesoeji), iniciada em 15 de novembro de 1953, permanecendo no cargo até o presente momento.

Referência:
http://www.africanasraizes.com.br/junsara.html

Curiosidade... Lendas de Angola

A Origem do Mundo (O nto ia mungongo)



Nzambi criou o mundo e tudo que nele existe, criou também uma mulher para ser sua esposa e para que por seu intermédio, pudesse ter descendência humana a fim de que esta povoasse a terra
e dominasse todos os animais selvagens por ele criado. Ela se chamaria então Ná Kalunga, em virtude da filha que iria dar a luz se chamar kalunga. Quando Kalunga atingiu a puberdade, Nzambi decidiu sair para mostrar a Kalunga tudo que tinha criado e após 3 meses retornaria. Na viagem logo ao anoitecer Nzambi construiu
uma Kubata (Palhoça) com apenas uma cama, se recusando a dormir com o pai, Kalunga corre chorando.
Nzambi para convence-la a manda voltar para não ser devorada pelas feras. Voltou então e dormiu com seu pai toda viagem.
Quando retornaram Ná Kalunga viu que sua filha estava grávida,
enraivecida com o fato se enforcou em uma arvore perante Nzambi e Kalunga. Ela não compreendeu os designios para povoar o mundo
que ele tinha criado então se transformou num espirito maligno
a quem ele deu o nome de Mulungi Mujimo (ventre ruim da primeira mãe que existiu na terra).
Nzambi passou a viver com Kalunga que passou
a se chamar também Ndala Karitanga e com isso a segunda divindade.
Um dia Ndala Karitanga passou a sonhar com sua mãe à insultando,
dizendo que iria devora-la. Nzambi a tranqüilizou dizendo que aquela que foi sua mãe agora era um espirito mau que estava apenas pedindo comida.Nzambi fez um monticulo de terra na porta da Kubata e pediu para Ndala Karitanga buscar um animal para o sacrifício e para que a mesma disse-se ao mesmo tempo,
minha mãe acabo de vir chorar-te, agora não voltes a ter comigo
outra vez, porque se volto a ver-te, vou prender-te
(Mama é Nzanga kudila ni malamba kindala kana uiza kukala ni kuami akamúkua,nda o kudila o kujibisa), com o tempo Kalunga ou Ndala Karitanga deu a luz a Nkuku-a-Lunga (inteligente),
passando este a ser a terceira pessoa da trindade divina.
Quando cresceu Nzambi lhe deu o poder da adivinhação,
Nzambi ordenou que casa-se com Kalunga (para se tornar pai de todas as tribos bantu) e concebeu 2 filhos primeiro masculino Sá Mufu segundo feminino Ná Mufu.Nzambi ordenou que Sá mufu casa-se com sua mãe e Ná mufu com seu pai informando-os que depois daquelas uniões as seguintes se fizessem só entre primos.
Destas uniões nasceram do sexo Masculino-Kitembu-a-Banganga, Ndundu, Ngonga Umbanda, Kanongena, Kambuji e outros.
Do sexo feminino- Mujumbu,Ndumba ia tembu, Samba Kalunga, Kasai, Lueji,Mukita e outras.
Nzambi os ensinou a se multiplicar e a lutar contra doenças e feitiços que os seus descendentes viessem a possuir. Após deixarem a vida terrena cada um dentro da sua atribuição iriam supervisionar o mundo que ele havia criado. Nzambi se despediu e levando um cão que sempre o acompanhava, se dirigiu para Sanzala Kasembe Diá Nazambi (Aldeia encantada de deus ) onde recompensa os bons e castiga os maus.
Naquela altura as rochas estavam moles por terem sido feitas recentemente, e até hoje no nordeste de angola se pode ver as pegadas na rocha de Nzambi e ao lado do seu cão. ( segundo a tradição existem pegadas por toda a África),
comprovação feita pela seção de arqueologia e pré história do museu de Dundo- Angola ( Que são originais e não forjadas pelo homem ).
Segundo as tradições a morada de Nzambi fica
entre os rios (Luembe e Kasai) junto a nascente do Mbanze.

LENDA DE HONGOLO E NZUMBA


Mama Zumba, divindade antiga e respeitada, costumava habitar lagos e lamaçais, pois remexia o iungo (terra) preparando-o para Nzambi enviar todos os serem e vegetais criados por ele e assim, povoar a terra. Mas sentia uma enorme tristeza e solidão.
Até que certo dia pediu a Nzambi que enviasse ao iungo
um ser que pudesse acompanhá-la em seu trabalho.
Nzambi atendendo seu pedido preparou uma massa contendo móio
(sopro da vida, a energia vital) , enviando ao iungo, pediu para que Mama Nzumba enterrasse bem fundo para que o ser fosse gerado no próprio iungo. Então, do seio da terra surgiu Hongolo, um ser capaz de transportar a água da lagoa e dos rios até o
local onde mama Nzumba remexia a terra.
Com o passar do tempo Nzambi povoou a terra e surgiram animais
de todas as qualidades e junto com eles vários seres com formato de Hongolo (cobra), porém sem o poder que Nzambi conferiu a Hongolo.Os homens povoaram a terra, e com o tempo se tornaram ferozes caçadores e passaram a dizimar os animais criados por Nzambi e no decorrer destas caçadas avistaram Hongolo transportando a água dos lagos e logo atacaram a divindade que mergulhou na lagoa para se proteger e lá permaneceu.Mama Nzumba ao perceber que Hongolo não mais transportava a água
voltou a lagoa a sua procura. Hongolo, então, contou o fato a Mama Nzumba que pediu que ele se escondesse atrás das nuvens e só descesse ao Iungo quando realmente não houvesse perigo.
Mas os homens continuavam a dizimar todas as cobras, que,
sendo terrestres e frágeis, nada podiam fazer. Certo dia Hongolo,
furioso ao ver seus semelhantes mortos, desceu das nuvens e mordeu a terra, chamando todas as cobras para dentro do buraco.
Pediu para que procriassem sempre dentro da terra e as
ensinou a nadar para fugir dos caçadores.
Mas um problema maior o preocupava, como fariam para se defender??Recorreu, então, a Mama Nzumba divindade mais antiga
que lhe disse haver uma divindade capaz de ajudá-lo,
e que deveria procurá-lo na floresta, pois lá era sua morada,
onde vivia sob sua proteção e que antes de entrar deveria gritar seu nome "Katende"..
Hongolo assim o fez e Katende ofereceu sua ajuda levando todas as cobras para a floresta e quando ia alimentá-las assoviava para que viessem apanhar as folhas e frutas.
Algum tempo se passou e Hongolo retornou à floresta para ver como andavam seus semelhantes, as cobras, e foi aí que percebeu que algumas tinham adquirido um poder mortal através das folhas que Katende as alimentava, o poder era tão perigoso que podia matar um homem em segundos e elas serviam de guardiãs. Hongolo então emanava móio que se apresentava em forma de colorido
por todo o corpo e transferiu às cobras que se tornaram de várias cores e pediu as guardiãs do poder para só usarem o veneno
para sua defesa e que dessem um aviso antes de desferi-lo.
E até hoje os homens temem as cobras guardiãs e ninguém deve se atrever a assoviar nas matas pois elas se apresentam pensando
que Katende quer alimentá-las com as folhas do poder.
E quando a chuva termina, Hongolo morde a terra relembrando o poder, e todas as cobras saem do seio da terra para reverenciar aquele que se apresenta majestosamente colorido, e muitas vezes retorna a sua primeira morada para transportar água para Mama Nzumba remexer a terra.


LENDA DE KITEMBU


Houve uma época em que as diembu bantu (tribos bantu) sofriam com a morte, principalmente de crianças e as mulheres
com hemorragia não conseguiam parir.
O Sobá (rei) então procurou o Nganga ia Ngombo (adivinho) e sugeriu que fizesse uma consulta através do minenge ia ngombo (cesto da adivinhação), para saber o motivo daquele sofrimento.
Nganga então obteve a resposta, as tribos bantu estavam
sendo atacadas por Mgungula(espíritos trevosos) e que deveriam prestar culto ao Nkisi Kitembu (Nkisi da vida e da evolução),
para que a vida voltasse ao seu ciclo natural.
O Sobá imediatamente reuniu todas as tribos bantu e fizeram grande oferenda ao Nkisi Kitembu e da terra brotou um pó branco "PEMBA" que até hoje podemos ver em barrancos.
PEMBA é o espírito do grande pai de todas as tribos bantu "Nkulu a Lunga" e esfregaram ao corpo aquele pó branco ficando livre de qualquer maldade.
Assim, o povo bantu cresceu por toda a África e em homenagem ao Nkisi Kitembu levantaram um mastro bem alto com uma bandeira branca na ponta simbolizando "PEMBA" que quando balança com o vento, mostra a direção que o povo bantu deve seguir para não ter sofrimento.
Kitembu é simbolizado por uma grelha (suplício, sofrimento),
uma escada (crescimento, evolução) uma seta que aponta o duilo (fazendo uma ligação entre o céu e a terra), um ancinho,
instrumento agrícola próprio para juntar palhas (restos do suplício humano) e cabaça (masculino e feminino, como conta a criação).

LENDA DE NZAZI


Nzazi era muito voluntarioso e mantinha a ordem no seu reino pela violência. O povo não gostava disso. Com as visitas de Lemba os conselhos que ele dava, Nzazi ficou menos violento. O reino prosperou muito. Nzazi tinha em seu reino muitos cavalos e carneiros, que eram a sua predileção. Um dia ele saiu com seus homens para conquistar novas terras, e na sua ausência os carneiros foram roubados, e os que restaram foram mortos.
Sabendo do ocorrido Nzazi voltou correndo, mas só escapou um casal de carneiros. Ele os levou para o reino de Lemba, no céu (duilo),e pediu-lhe que cuidasse deles, e partiu atrás dos ladrões.
Nzazi passou muito tempo procurando os ladrões, e chegou ao alto de uma montanha que cuspia fogo, onde encontrou Uiangongo, aquele que tinha o poder do fogo. Este lhe deu um pó mágico para combater os ladrões, quando os encontrasse. Passado algum tempo Nzazi achou os ladrões de seus carneiros, e lançou sobre eles o pó mágico. Este se transformava em lava incandescente, e acabou com todos os bandidos.
Acontece que enquanto Nzazi procurava os ladrões, às vezes ele ouvia um ruído vindo do céu, "kabrum, kabrum"...
A cada dia o ruído era maior e mais freqüente.
Após acabar com os ladrões Nzazi foi ao reino de Lemba para pegar seus dois carneiros de volta.
Chegando lá, Lemba explicou que devido à demora de Nzazi os carneiros haviam procriado e se multiplicado, e que o barulho dos chifres deles lutando uns com os outros se ouvia em toda parte , "kabrum, kabrum".
Nzazi levou os carneiros de volta, mas Lemba explicou que eles não mais poderiam ser comidos, pois haviam sido criados no céu.
Nzazi concordou, e deu a Lemba um casal de carneiros como presente. Por isso até hoje escutamos ruídos vindos do céu, "kabrum, kabrum".
De volta ao seu reino Nzazi explicou ao povo que aquele animal agora era sagrado e não poderia mais ser comido. Contou suas aventuras em busca dos ladrões, mas como muitas pessoas
se interessaram pelo pó mágico ele, com medo de ser roubado,
resolveu guardá-lo em lugar seguro, e engoliu o pó. A partir desse dia começou a soltar fogo pela boca, e queimou todo o reino
com pedras incandescentes. Teve que se isolar, pois se ficasse zangado começava a cuspir fogo. Só aparecia quando o povo estava em perigo e o chamava. Ele então arrasava os exércitos inimigos com suas pedras incandescentes.


Referência:
http://www.africanasraizes.com.br/bantu.html 










Lenda de Ndanda Lunda

Lenda de Ndanda Lunda

Era uma vez uma viúva que nunca amou.
Ela casou sem conhecer o noivo, e ele logo morreu.
Ela ficava triste quando se falava em amor.
Um dia ela conheceu um homem que se dizia apaixonado.
Ela também gostou dele. Cada dia gostava mais.
Ele era muito alto, com pernas e braços enormes,
mas a cada dia que passava ele diminuía.
Até que virou um anãozinho. Continuou diminuindo e a mulher
o guardava no seio. Por fim ele diminuiu tanto que desapareceu.
A mulher sentiu muito, chorava dia e noite. Passado algum tempo
ela conheceu outro homem, desta vez pequenino.
Ela começou a gostar dele, e ele começou a crescer.
Quanto mais ela o amava, mais ele crescia.
Finalmente ele cresceu tanto que não passava na porta.
Eles passaram a se encontrar do lado de fora. Ele continuou crescendo,
tanto que ela sentava na palma da sua mão. Era um amor diferente,
porque ela havia sido encantada por ele, que era o rei dos encantados.
Ele colou as pernas dela e fez meio corpo de peixe, da cintura para baixo.
Cobriu o corpo dela de escamas prateadas, e pintou-lhe os cabelos dourado.
Em seguida levou-a à praia, chamou os peixes e apresentou-a como Kisimbi
(outro nome de Ndanda Lunda), a rainha das águas,
e entregou-a aos peixes, que a levaram em procissão.

Referência:

http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?tid=5607412415945681780&cmm=33530062&hl=pt-BR