Candomblé de Angola
( CANDOMBLÉ – VIVENDO UMA NOVA EXPERIÊNCIA - FERNANDO DE PAULA, GABRIELLA FONSECA RIBEIRO, ÍTALO DIEGO TEOTÔNIO - PUC UNIDADE BETIM - CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO)
Este candomblé é resultado da presença dos negros bantos, da região Congo – Angolesa da África, cujos deuses que cultuam chamam-se Inkices.
Também os Inkices são a divinização e personificação da natureza na forma humanizada. As características rituais do candomblé Angola diferem dascaracterísticas do candomblé Ketu, mas as formas do ritual e da iniciação se assemelham muito. Como característica intrínseca da cultura banto, mais propensa à assimilação de valores estrangeiros, o candomblé Angola é fortemente marcado pelos valores brasileiros. Isto pode ser notado na língua ritual, o Kimbundo ou Umbundo, línguas angolanas, muito mescladas ao português, e pelo culto de entidades “brasileiras” como os caboclos (índios) e boiadeiros. Outras formas religiosas derivadas deste grupo são a cabula, a macumba, o candomblé de caboclo, o catimbó, a pagelança e a cura. Estes últimos mais sincretizados com os valores indígenas brasileiros e predominando no Norte e Nordeste brasileiros.
O Bantu é uma das maiores nações do Candomblé. É a cultura dos povos do centro sul africano, falantes das línguas bantu, dos quais os seus adeptos são herdeiros culturais e espirituais. São mais de 250 línguas aparentadas, formando uma grande família linguística. Essa forma religiosa tem suas raízes plantadas entre alguns povos de cultura bantu. Entre eles podemos citar os bakongos e os ambundos, sendo a predominância maior dos bakongos.
A palavra Bantu compreende Angola e Congo, e é uma das maiores nações do Candomblé. Desenvolveu-se entre escravos que falavam Quimbundo e Quicongo. Os mais velhos trouxeram cantigas, rezas, tudo em Kimbundo e Kikongo (algumas também em Umbundo e outros dialetos). Muita coisa se perdeu até mesmo por haver a associação com as tradições Jeje Nagô. O povo bantu tinha um culto primitivo comum, que em virtude do tempo e distância geográfica foi se modificando e incorporando novos elementos. Acima detudo está Nzambi Mpungu (um dos seus títulos), Deus criador de todas as coisas.Alguns povos bantu chamam Deus de Sukula, outros de Kalunga, mas existem ainda outras forma de nomeá-lo.O culto a Nzambi não tem forma nem altar próprio. Só em situações extremas eles rezam e invocam Nzambi, geralmente fora das aldeias, em beira de rios,embaixo de árvores, ao redor de fogueiras. Não tem representação física, pois os Bantus o concebem como o incriado, e representa-lo seria um sacrilégio, uma vez que o mesmo não tem forma. No final de todo ritual Nzambi é louvado, pois Nzambi é,para esse povo, o princípio e fim de tudo.
A HISTÓRIA DO POVO BANTU
A grande maioria dos 11.000.000 de habitantes que formam a população de Angola são de origem Bantu. No entanto, outra considerável parte é formada por misturas que começaram muito cedo: primeiramente entre os diversos grupos que migraram para o território e, depois, com Europeus (na grande maioria Portuguesa) durante a colonização. Existem ainda algumas minorias que não são Bantu, como os Bochimane e um considerável número de Europeus.
Há 3000 ou talvez 4000 anos atrás, os Bantu saíram da selva equatorial (a região que é hoje ocupada pelos Camarões e pela Nigéria) e dividiram-se em dois movimentos diferentes: para o Sul e para Oeste, criando a maior migração jamais vista na África. De causa desconhecida, esta migração continuou até ao século XIX. A selva equatorial era uma área de passagem impossível. Só o machado ou o cutelo, a rápida e nutritiva produção de banana e o inhame possibilitaram uma façanha que durou séculos. O excelente nível de nutrição deu lugar a uma invulgar explosão demográfica. A exuberância da selva equatorial, os rios e lagos das grandes savanas, tão bons para a agricultura e a descoberta do ferro – um mineral muito comum na África – deram força à grande aventura. Caminhando sempre em direção ao Sul, este vigoroso, armado, organizado e jovem povo, venceu e fez escravos os pigmeus e os Bochimanes.
Este candomblé é
resultado da presença dos negros bantos, da região Congo – Angolesa
da África, cujos deuses que cultuam chamam-se Inkices.
Também os Inkices são a divinização e personificação da natureza na forma humanizada. As características rituais do candomblé Angola diferem das características do candomblé Ketu, mas as formas do ritual e da iniciação se assemelham muito. Como característica intrínseca da cultura banto, mais propensa à assimilação de valores estrangeiros, o candomblé Angola é fortemente marcado pelos valores brasileiros. Isto pode ser notado na língua ritual, o Kimbundo ou Umbundo, línguas angolanas, muito mescladas ao português, e pelo culto de entidades “brasileiras” como os caboclos (índios) e boiadeiros. Outras formas religiosas derivadas deste grupo são a cabula, a macumba, o candomblé de caboclo, o catimbó, a pagelança e a cura. Estes últimos mais sincretizados com os valores indígenas brasileiros e predominando no Norte e Nordeste brasileiros.
O Bantu é uma das maiores nações do Candomblé. É a cultura dos povos do centro sul africano, falantes das línguas bantu, dos quais os seus adeptos são herdeiros culturais e espirituais. São mais de 250 línguas aparentadas, formando uma grande família linguística. Essa forma religiosa tem suas raízes plantadas entre alguns povos de cultura bantu. Entre eles podemos citar os bakongos e os ambundos, sendo a predominância maior dos bakongos.
O nome Bantu não se refere a uma unidade racial. A sua formação e
migração originou uma enorme variedade de
cruzamentos. Existem aproximadamente 500 povos Bantu. Assim, não podemos
falar de uma raça Bantu, mas sim de povo Bantu,o que significa uma comunidade cultural com uma civilização comum e
linguagens similares. Depois de muitos séculos de movimentações, cruzamentos,
guerras e doenças, os grupos Bantu mantiveram as raízes da sua origem comum. A
palavra Bantu aplica-se a uma civilização que manteve a sua unidade e foi
desenvolvida por pessoas de raça negra.
O radical ntu , vulgar para a maioria das línguas Bantu,significa homem, ser humano e ba é o plural. Assim, Bantu significa homens, seres humanos.
Os dialetos Bantu,
e existem centenas, têm tal semelhança que só pode ser justificada
por uma origem comum. Os povos Bantu, além do semelhante nível linguístico, mantiveram uma base de
crenças, rituais e costumes muito similares; uma cultura com características idênticas e específicas que
os tornam semelhantes eagrupados. Fora da sua
identidade social, são caracterizados por uma tecnologia variada,escultura de grande originalidade estilística,
incrível sabedoria empírica e discurso forte e interessante com sinais de
expressão intelectual. As línguas faladas hoje em Angola são, por ordem de
antiguidade: Bochiman, Bantu e Português. Das três, só o Português tem uma forma escrita.
Os dialetos Bantu apresentam uma unidade genealógica. Homburger, um
eminente estudioso do Bantu diz que o primeiro ponto obtido no domínio da linguística comparada foi a unidade
dos povos Bantu. Também diz, tendo em conta a história desta unidade,
que os primeiros descobridores Portugueses viram que os Angolanos conseguiam comunicar-se com os povos da costa moçambicana. Os
Bantu Angolanos estão divididos em 9 grupos etno-linguísticos:
Quicongo, Quimbundo, Luanda-Quioco (Tchôkwe), Mbundo, Ganguela,
Nhaneca-Humbe, Ambó, Herero e Xindonga, que por seu turno
estão subdivididos em cerca de 100 subgrupos, tradicionalmente chamadas tribos.
ACONTECIMENTOS COMUNS AO POVO BANTU
8000 ac – períodos de extensão do Saara;
5000 ac – Os grupos humanos falantes das línguas bantu iniciam as migrações;
4000 a 2000 ac – Expansão, ocupação da floresta;
2800 ac – Os povos caçador-coletores vivem ainda no sul do Sudão;
1600 a 500 ac – Ocupação da bacia do Rio Zaire, (bacia do Congo e do Equador);
100 ac – Os povos bantu campeiam por toda a África Central e do Sul. A
agricultura confere aos Bantu uma superioridade numérica sobre os
povos caçadores-coletores;
500 ac a 750 dc – Fim das migrações bantu em
África austral.
REFERÊNCIAS
_______.
Datas Comemorativas do Candomblé.
Retirado dehttp://guardioesdaluz.sites.uol.com.br/datascandomble.htm. Acessado dia 24 deMaio de 2011.HIELO, Mariano.
Cultos Afro-brasileiros.
Retirado dehttp://orbita.starmedia.com/~hyeros/cultosafrobras014.html. Acessado dia 22 deMaio de 2011.OBALUIARÊ, Pai.
O sincretismo religioso no Brasil.
Retirado dehttp://ocandomble.wordpress.com/2008/05/11/sincretismo/. Acessado no dia
22 deMaio
de 2011.OGUM, Itamar de.
O candomblé e seus ritos.
Retirado dehttp://www.itamardeogum.com/conteudo/ocandomble_ritos.htm. Acessado dia 24 deMaio de 2011.REGINALDO, Pai Babalorixá.
As Nações.
Retirado de
REGINALDO, Pai Babalorixá.
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